Memórias de infância na escola pelo avesso do tracejado das normativas de gênero, sexualidade e desenvolvimento
DOI:
https://doi.org/10.20435/serie-estudos.v20i52.1344Palabras clave:
memórias de infância, gênero, escola.Resumen
Este artigo pauta-se em discussões críticas sobre o modelo de desenvolvimento respaldado na cronologia movida pelo progresso e integrante do discurso de desenvolvimento econômico no qual se estruturam os Estados-Nação. Articulada a essas discussões, está a noção de uma infância ideal como um dos pilares de sustentação das políticas curriculares e das práticas educativas voltadas às crianças. Os modelos de desenvolvimento e de infância são postos em discussão pelo viés do gênero e da sexualidade como interrogantes para problematizar estatutos de sujeito, fundamentados em regimes de inteligibilidade de corpos e vidas. Desse modo, analisamos memórias de infância de travestis, marcadas por dissidências em relação às normativas de gênero na escola, vigentes nos currículos, na organização dos espaços, tempos e relações pedagógicas. A infância, nessas memórias, não é tratada como a retrospectiva da vida nem como a prospecção para o futuro, mas como experiência social que é provocada pelas interrogações do presente a lançar críticas que perturbam as programações do tempo cronológico.
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