Políticas curriculares de Educação Infantil: é possível falar de diferenças?
DOI:
https://doi.org/10.20435/serieestudos.v27i61.1635Palavras-chave:
Educação Infantil, currículo, diferençasResumo
Discutir currículo na Educação Infantil implica, acima de tudo, pensar o que é ser criança, o que significa esse tempo da vida em uma sociedade marcada por desigualdades sociais. É refletir sobre quais bases teóricas estão pautadas as orientações curriculares para a Educação Infantil e se estas levam em conta a diversidade dos grupos infantis. O presente estudo toma como referência as teorias pós-críticas de currículo, as políticas púbicas e curriculares para a Educação Infantil e a sociologia da infância. A partir de uma abordagem metodológica qualitativa, busca analisar as diferenças que se expressam por meio da classe social, do pertencimento étnico-racial, de gênero, cultura, entre outros, que estão devidamente referenciadas e contempladas nas orientações curriculares para a Educação Infantil, especialmente nos documentos: Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil; e Base Nacional Comum Curricular. Os resultados indicam que uma proposta de educação emancipatória para a primeira infância se mostra ameaçada quando as políticas uniformizam cada vez mais as orientações curriculares e caminham em uma perspectiva de exclusão da diversidade, do silenciamento das diferenças, o que representa um retrocesso às conquistas sociais e aos direitos das crianças.
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