O exercício da docência para ensinar matemática: o “mesmo do mesmo” e o “imperativo da falta”
DOI:
https://doi.org/10.20435/serieestudos.v27i61.1672Palavras-chave:
professores que ensinam Matemática, Ensino Fundamental, pandemiaResumo
Este artigo trata da(s) docência(s) de professores que ensinam Matemática nos anos finais do Ensino Fundamental. A reflexão apresentada emerge de uma pesquisa que investigou: o que dizem os professores que ensinam Matemática em tempos de pandemia sobre a docência nos anos finais do Ensino Fundamental? e de que forma esses ditos provocam outros modos de pensar a docência? O material de pesquisa foi gerado por meio de questionário on-line pensado para entender o exercício docente em tempos pandêmicos e não pandêmicos. A analítica empreendida mostra que as docências em tempos de pandemia, sobretudo no ensino remoto, tendem a reproduzir o mesmo modo ritualizado do ensino presencial e a potencializar o que nomeamos de “imperativo da falta”: falta de interesse, de participação, de compreensão da linguagem matemática, de acesso à Internet. A partir disso, destaca-se a importância do tempo para o exercício do pensamento e para a produção de experiências que toquem e transformem a vida, de modo que o ser-fazer da docência seja compreendido também como uma potência humanizadora.
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