A escolarização juvenil como um investimento econômico: analítica das políticas curriculares contemporâneas
DOI:
https://doi.org/10.20435/serie-estudos.v23i47.1083Palabras clave:
políticas curriculares, ensino médio, capacidades.Resumen
O presente texto apresenta resultados de uma investigação que busca compreender as racionalidades que orientam as políticas curriculares para o Ensino Médio. Especificamente para este artigo, realizou-se um recorte analítico priorizando uma leitura diagonal de quatro documentos publicados por organizações internacionais, destinados a orientar as reformas curriculares promovidas na América Latina. Percebeu-se um direcionamento para as questões da promoção de práticas pedagógicas inovadoras, associadas ao desenvolvimento de formas curriculares ancoradas nos conceitos de protagonismo juvenil e de formação de habilidades.
Citas
BALL, Stephen. Educação Global S.A.: novas redes políticas e o imaginário neoliberal. Ponta Grossa, PR: Editora UEPG, 2014.
______. Novos Estados, nova governança e nova política educacional. In: APPLE, M. W., BALL, S. J.; Gandin, L. A. (Org.). Sociologia da educação: análise internacional. Porto Alegre: Penso, 2013.
BANCO MUNDIAL. Atingindo uma educação de nível mundial no Brasil: próximos passos. Brasília: Banco Mundial, 2014.
BARROS, Ricardo; MENDONÇA, Rosane. Abandono e evasão no ensino médio no Brasil: magnitudes e tendências. In: INSTITUTO UNIBANCO. A crise de audiência no Ensino Médio. São Paulo: Instituto Unibanco, 2009. p. 3-36.
BAUMAN, Zygmunt. A sociedade individualizada: vidas contadas e histórias vividas. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
CEPAL. Invertir en juventud: informe regional de Población en América Latina y em Caribe. Santiago: CEPAL, 2011.
CORSANI, Antonella. Elementos de uma ruptura: a hipótese do capitalismo cognitivo. In: COCCO, Giuseppe; GALVÃO, Alexander; SILVA, Gerardo (Org.) Capitalismo cognitivo: trabalho, redes e inovação. Rio de Janeiro: DP&A, 2003. p. 15-32.
DROUIN, Jean-Claude. Os grandes economistas. São Paulo: Martins, 2008.
FABRIS, Elí Henn; DAL’IGNA, Maria Cláudia. Processos de fabricação da docência inovadora em um programa de formação inicial brasileiro. Pedagogía y Saberes, Bogotá, n. 39, p. 49-60, 2013.
FONTENELLE, Isleide. Prosumption: as novas articulações entre trabalho e consumo na reorganização do capital. Ciências Sociais Unisinos, São Leopoldo, v. 51, n. 1, p. 83-91, 2015.
______. Para uma crítica ao discurso da inovação: saber e controle no capitalismo do conhecimento. RAE, São Paulo, v. 52, n. 1, p. 101-8, 2012.
Howard, Philip H. Network Ethnography and the Hypermedia Organization: New Media, New Organizations, New Methods. New Media & Society, Londres, v. 4, n. 4, p. 550-74, 2002.
KERSTENETZKY, Célia. Desigualdade e pobreza: lições de Sen. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 15, n. 42, p. 113-22, 2000.
KRAWCZYK, Nora. Ensino Médio: empresários dão as cartas na escola pública. Educação e Sociedade, Campinas, v. 35, n. 126, p. 21-41, 2014.
LAVAL, Christian. La escuela no es una empresa. Barcelona: Paidós, 2004.
LENOIR, Yves. O utilitarismo de assalto às ciências da educação. Educar em Revista, Curitiba, n. 61, p. 159-67, 2016.
LÓPEZ-RUIZ, Osvaldo. O consumo como investimento: a teoria do capital humano e o capital humano como ethos. Mediações, Londrina, v. 14, n. 2, p. 217-30, 2009.
RUIZ, Antônio; RAMOS, Mozart; HINGEL, Murílio. Escassez de professores no Ensino Médio: propostas estruturais e emergenciais. Brasília: CNE, 2007.
SANDRONI, Paulo. Novíssimo dicionário de economia. São Paulo: Best Seller, 1999.
SCHUMPETER, Joseph. Joseph Alois Schumpeter - os economistas. São Paulo: Nova Cultural: 1997.
SIBILIA, Paula. Redes ou paredes: a escola em tempos de dispersão. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012.
SILVA, Roberto Rafael Dias da. Investir, inovar e empreender: uma nova gramática curricular para o Ensino Médio brasileiro? Currículo sem Fronteiras, v. 16, n. 2, p. 178-196, 2016.
______. Políticas de constituição do conhecimento escolar para o Ensino Médio no Rio Grande do Sul: uma analítica de currículo. Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 30, n. 1, p. 127-58, 2014a.
______. Comunidades como espaços de intervenção pedagógica: um estudo da docência no Ensino Médio. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 19, n. 59, p. 945-66, 2014b.
______. A constituição da docência no Ensino Médio no Brasil contemporâneo: uma analítica de governo. 2011. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, RS, 2011.
TELLO, Cesar; MAINARDES, Jefferson. A educação secundária na América Latina como um direito democrático e universal. Educação e Filosofia, Uberlândia, v. 28, n. especial, p. 155-79, 2014.
TIRAMONTI, Guillermina. Dimensiones en la discusión de la problemática de la escuela media. In: CARVACHO, Cristian et al. (Org.). La escolarización de los adolescentes: desafíos culturales, pedagógicos y de política educativa. Buenos Aires: Instituto Internacional de Planeamiento de la Educación IIPE -Unesco, 2012. p. 161-93 .
______. La escuela en la encrucijada del cambio epocal. Educação e Sociedade, Campinas, v. 26, n. 92, p. 889-910, 2005.
UNESCO. Protótipos curriculares de Ensino Médio e Ensino Médio Integrado. Brasília: UNESCO, 2011.
______. BRICS: construir a educação para o futuro. Brasília: Unesco, 2014.
Descargas
Archivos adicionales
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
A revista Série-Estudos permite a reprodução total em outro órgão de publicação mediante a autorização por escrito do editor, desde que seja feita citação da fonte (Série-Estudos) e remetido um exemplar da reprodução. A reprodução parcial, superior a 500 palavras, tabelas e figuras deverá ter permissão formal de seus autores.
Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.
