El niño que pregunta y la profesora que responde: la construcción de prácticas pedagógicas no medicalizantes en la guardería
DOI:
https://doi.org/10.20435/serieestudos.v30i68.1997Palabras clave:
guardería, medicalización, narrativa docenteResumen
La medicalización en la Educación Infantil se refiere al proceso de interpretar los comportamientos y singularidades infantiles como signos de posibles trastornos, lo que a menudo conduce a la anticipación de diagnósticos y a la búsqueda de intervenciones que no siempre consideran la complejidad del desarrollo infantil. En la guardería, etapa que atiende a niños y niñas de 0 a 3 años, la inquietud docente ante las diferencias en los tiempos y modos de aprendizaje puede estar atravesada por discursos medicalizantes, influyendo en la práctica pedagógica. Este artículo presenta parte de una investigación más amplia realizada por una de las autoras y analiza los impactos de este fenómeno en la docencia, problematizando cómo las formas de mirar y narrar a la infancia afectan las prácticas educativas. Basándose en referencias teóricas y narrativas docentes, se discute la importancia de la mirada colectiva, la escucha atenta y el cuidado en la construcción de prácticas pedagógicas que se alejen de reducciones normativas y patologizantes. Se concluye que la enseñanza en la guardería puede fortalecerse a partir de la reflexión sobre las propias prácticas y del compromiso con una educación que respete las singularidades de la infancia. Al reconocer la infancia como un tiempo singular, en el que cada niño y niña se desarrolla a su propio ritmo, la docencia se constituye como un espacio de acogida, experimentación y construcción de sentidos.
Citas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA AÇÃO POR DIREITOS DAS PESSOAS AUTISTAS (ABRAÇA). Manifesto: autistar é resistir! Identidade, cidadania e participação política. ABRAÇA, Fortaleza, 2019. Disponível em: https://abraca.net.br/manifestocampanha2019/. Acesso em: 12 mar. 2022.
ANGELUCCI, Carla Biancha. A patologização das diferenças humanas e seus desdobramentos para a educação especial. In: REUNIÃO NACIONAL DA ANPEd, 37., 2015, Florianópolis. Anais eletrônicos [...]. Florianópolis: ANPEd, 2015. Disponível em: https://www.anped.org.br/sites/default/files/trabalho-de-carla-biancha-angelucci-para-o-gt15.pdf. Acesso em: 10 jun. 2021.
ARAUJO, Gabriela Xavier. A intervenção do analista com crianças com autismo. SIG: Revista de Psicanálise, Porto Alegre, v. 5, p. 47-60, 2016.
AVILA, Ângela Aline Hack Schlindwein. Tem alguma coisa, mas não sei o que: o caminho entre a inquietação e a medicalização de bebês e crianças bem pequenas na creche. 2023. 184f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, 2023.
AZEVEDO, Luciana Jaramillo Caruso de. Medicalização das infâncias: entre os cuidados e os medicamentos. Psicologia USP, São Paulo, v. 29, n. 3, p. 451-58, 2018. DOI: https://doi.org/10.1590/0103-656420180107
BARBOSA, Maria Carmem. As especificidades da ação pedagógica com os bebês. Amavi, Rio do Sul, 2010. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2010-pdf/7154-2-2-artigo-mec-acao-pedagogica-bebes-m-carmem/file. Acesso em: 2 jan. 2023.
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Diário Oficial da União: Brasília, DF, 2009.
BRZOZOWSKI, Fabíola Stolf; CAPONI, Sandra Noemi Cucurullo de. Medicalização dos desvios de comportamento na infância: aspectos positivos e negativos. Psicologia: Ciência e Profissão, Brasília, v. 33, n. 1, p. 208-21, 2013. DOI: https://doi.org/10.1590/S1414-98932013000100016
CARVALHO, Rodrigo Saballa de. O infraordinário na docência com crianças na Educação Infantil. In: SANTIAGO, Flavio; MOURA, Tais Aparecida de (Org.). Infâncias e docências: descobertas e desafios de tornar-se professora e professor. São Carlos: Pedro & João Editores, 2021. p. 71-108.
CARVALHO, Rodrigo Saballa de. Afetos docentes e relações de cuidado na creche: narrativas de professoras em discussão. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 14, n. 1, p. 188-207, 2019. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v14i1.10239
CHRISTOFARI, Ana Carolina; FREITAS, Claudia Rodrigues de; BAPTISTA, Claudio Roberto. Medicalização dos modos de ser e de aprender. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 40, n. 4, p. 1079-102, 2015. DOI: https://doi.org/10.1590/2175-623642057
DECOTELLI, Kely Magalhães; BOHRER, Luiz Carlos Teixeira; BICALHO, Pedro Paulo Gastalho de. A droga da obediência: medicalização, infância e biopoder: notas sobre clínica e política. Psicologia: Ciência e Profissão, Brasília, v. 33, n. 2, p. 446-59, 2013. DOI: https://doi.org/10.1590/S1414-98932013000200014
DOLTO, Françoise. Tudo é linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2021.
DOWBOR, Fátima Freire. Quem educa marca o corpo do outro. São Paulo: Cortez, 2008.
DUMONT-PENA, Erica; SILVA, Isabel de Oliveira. Aprender a cuidar: diálogos entre saúde e educação infantil. São Paulo: Cortez, 2018.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 2004.
GARCIA, Andrea Costa; PINAZZA, Monica Appezzato; BARBOSA, Maria Carmen. Desvendando as pedagogias da creche: o que são práticas pedagógicas transmissivas em um berçário? Educação Unisinos, São Leopoldo, v. 24, 2020. DOI: https://doi.org/10.4013/edu.2020.241.18702 DOI: https://doi.org/10.4013/edu.2020.241.08
GUATTARI, Félix; ROLNIK, Suely. Micropolítica: cartografias do desejo. 7. ed. rev. Petrópolis: Vozes, 2005.
GUIMARÃES, Daniela; ARENARI, Rachel. Na creche, cuidados corporais, afetividade e dialogia. Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 34, 2018. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-4698186909
GUIMARÃES, Daniela. Relações entre bebês e adultos na creche: o cuidado como ética. São Paulo: Cortez, 2011.
HASS, Clarissa. (Des)medicalização da educação pela educação: a potência da ação pedagógica na construção do sujeito de aprendizagem. In: REUNIÃO NACIONAL DA ANPEd, 40., 2021, [S. l.]. Anais eletrônicos [...]. [S. l.]: ANPEd, 2021. Disponível em: http://anais.anped.org.br/p/40reuniao/trabalhos?field_prog_gt_target_id_entityreference_filter=33. Acesso em: 7 ago. 2023.
KELLETER, Rafael Ferreira; CARVALHO, Rodrigo Saballa de. Contribuições da abordagem Pikler para se pensar a inclusão na creche: notas sobre a formação de professores de Educação Infantil. RELACult - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade, Foz do Iguaçu, v. 5, ed. especial 4 - Encontro Humanístico Multidisciplinar, 2019. DOI: https://doi.org/10.23899/relacult.v5i4.1111
LEITE, Monica Fujimura. Medicalização da infância e seus efeitos. Colloquium Humanarum, [S. l.], v. 13, n. esp., p. 595-600, jul./dez. 2016. DOI: https://doi.org/10.5747/ch.2016.v13.nesp.000895
MIRANDA, Marília Gouvea de. O processo de socialização na escola: a evolução da condição social da criança. In: LANE, Silvia; CODO, Wanderley (Org.). Psicologia social: o homem em movimento. São Paulo: Brasiliense, 1994. p. 125-35.
MOYSES, Maria Aparecida Affonso. A medicalização na educação infantil e no ensino fundamental e as políticas de formação docente: a medicalização do não-aprender-na-escola e a invenção da infância anormal. In: REUNIÃO NACIONAL DA ANPEd, 31., 2001, Caxambu. Anais eletrônicos [...]. Caxambu: ANPEd, 2001. Disponível em: http://31reuniao.anped.org.br/4sessao_especial/se%20-%2012%20-%20maria%20aparecida%20affonso%20moyses.pdf. Acesso em: 7 ago. 2023.
OLIVA, Luiza. Entrevista Alicia Fernández. Entrevistada: Alicia Fernández. Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPP), São Paulo, ago. 2012.
PAÍN, Sara. Subjetividade e objetividade: relação entre desejo e conhecimento. Petrópolis: Vozes, 2012.
PANDE, Mariana Nogueira Rangel; AMARANTE, Paulo Duarte de Carvalho; BAPTISTA, Tatiana Wargas de Faria. Este ilustre desconhecido: considerações sobre a prescrição de psicofármacos na primeira infância. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 25, n. 6, p. 2305-314, 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232020256.12862018
SANTOS, Marlene Oliveira dos. A solidão profissional de professoras de bebês. Revista Interinstitucional Artes de Educar, São Gonçalo, v. 6, n. 2, p. 512-531, 2020. DOI: https://doi.org/10.12957/riae.2020.46690
SAULLO, Rosaria Fernanda Magrin; ROSSETTI-FERREIRA, Maria Clotilde; AMORIM, Katia de Souza. Cuidando ou tomando cuidado? agressividade, mediação e constituição do sujeito - um estudo de caso sobre um bebê mordedor em creche. Pro-Posições, Campinas, v. 24, n. 3, p. 81- 98, 2013. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-73072013000300006
SCARIN, Ana Carla Cividanes Furlan; SOUZA, Marilene Proença Rebello de. Medicalização e patologização da educação: desafios à psicologia escolar e educacional. Psicologia Escolar e Educacional, São Paulo, v. 24, 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/2175-35392020214158
SILVA, Lia Spadini da; SZYMANSKI, Luciana. Crianças e seus diagnósticos no cenário da educação inclusiva: a perspectiva de mães e professoras. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 46, 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/s1678-4634202046225328
VORCARO, Ângela. O efeito bumerang da classificação patológica da infância. In: JERUSALINSKY, Alfredo; FENDRIK, Silvia (Org.). O livro negro da psicopatologia contemporânea. 2 ed. São Paulo: Via Lettera, 2011. p. 219-30.
VYGOTSKY, Lev Semionovitch. Problemas da Defectologia. São Paulo: Expressão Popular, 2021.
VYGOTSKY, Lev Semionovitch. Pensamento e linguagem. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2004
WINNICOTT, Donald Wood. Bebês e suas mães. São Paulo: Ubu Editora, 2020.
WINNICOTT, Donald Wood. O ambiente e os processos de maturação: estudos sobre a teoria do desenvolvimento emocional. Tradução: Irineo Constantino Schuch Ortiz. Porto Alegre: Artmed, 1983.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Ângela Aline Hack Schlindwein Avila, Claudia Rodrigues de Freitas

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
A revista Série-Estudos permite a reprodução total em outro órgão de publicação mediante a autorização por escrito do editor, desde que seja feita citação da fonte (Série-Estudos) e remetido um exemplar da reprodução. A reprodução parcial, superior a 500 palavras, tabelas e figuras deverá ter permissão formal de seus autores.
Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.