El niño que pregunta y la profesora que responde: la construcción de prácticas pedagógicas no medicalizantes en la guardería

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.20435/serieestudos.v30i68.1997

Palabras clave:

guardería, medicalización, narrativa docente

Resumen

La medicalización en la Educación Infantil se refiere al proceso de interpretar los comportamientos y singularidades infantiles como signos de posibles trastornos, lo que a menudo conduce a la anticipación de diagnósticos y a la búsqueda de intervenciones que no siempre consideran la complejidad del desarrollo infantil. En la guardería, etapa que atiende a niños y niñas de 0 a 3 años, la inquietud docente ante las diferencias en los tiempos y modos de aprendizaje puede estar atravesada por discursos medicalizantes, influyendo en la práctica pedagógica. Este artículo presenta parte de una investigación más amplia realizada por una de las autoras y analiza los impactos de este fenómeno en la docencia, problematizando cómo las formas de mirar y narrar a la infancia afectan las prácticas educativas. Basándose en referencias teóricas y narrativas docentes, se discute la importancia de la mirada colectiva, la escucha atenta y el cuidado en la construcción de prácticas pedagógicas que se alejen de reducciones normativas y patologizantes. Se concluye que la enseñanza en la guardería puede fortalecerse a partir de la reflexión sobre las propias prácticas y del compromiso con una educación que respete las singularidades de la infancia. Al reconocer la infancia como un tiempo singular, en el que cada niño y niña se desarrolla a su propio ritmo, la docencia se constituye como un espacio de acogida, experimentación y construcción de sentidos.

Biografía del autor/a

Ângela Aline Hack Schlindwein Avila, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Mestra em Educação, na linha de Educação Especial e Processos Inclusivos, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especialista em Psicopedagogia: abordagem clínica e institucional pela Universidade Feevale. Especialista em Atendimento Educacional Especializado pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS). Graduação em Pedagogia pela Universidade Feevale e curso normal pelo Colégio Estadual 25 de Julho. Membra do Núcleo de Estudos em Políticas de Inclusão Escolar (NEPIE/UFRGS).

Claudia Rodrigues de Freitas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Pós-doutorado na Università degli Studi di Cagliari. Pós-Doutorado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) na área de Inclusão Escolar. Doutorado em Educação pela UFRGS. Mestrado em Educação pela Uníssimos. Graduação em Pedagogia - Educação Especial pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Formação em Psicopedagogia pela Escuela Psicopedagógica de Buenos Aires EPsiBA em Curso de Formación en Psicopedagogia Clínica. Professora na Faculdade de Educação da UFRGS e no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEDU), coordenando a linha de pesquisa Educação Especial, Saúde e Processos Inclusivos. Vice-coordenadora do PPGEDU e pesquisadora coordenadora e ou integrante de diferentes projetos de pesquisa. Professora na FACED/PPGEdu/UFRGS e coordenadora do Núcleo de Estudos em Políticas de Inclusão Escolar NEPIE/FACED/UFRGS.

Citas

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA AÇÃO POR DIREITOS DAS PESSOAS AUTISTAS (ABRAÇA). Manifesto: autistar é resistir! Identidade, cidadania e participação política. ABRAÇA, Fortaleza, 2019. Disponível em: https://abraca.net.br/manifestocampanha2019/. Acesso em: 12 mar. 2022.

ANGELUCCI, Carla Biancha. A patologização das diferenças humanas e seus desdobramentos para a educação especial. In: REUNIÃO NACIONAL DA ANPEd, 37., 2015, Florianópolis. Anais eletrônicos [...]. Florianópolis: ANPEd, 2015. Disponível em: https://www.anped.org.br/sites/default/files/trabalho-de-carla-biancha-angelucci-para-o-gt15.pdf. Acesso em: 10 jun. 2021.

ARAUJO, Gabriela Xavier. A intervenção do analista com crianças com autismo. SIG: Revista de Psicanálise, Porto Alegre, v. 5, p. 47-60, 2016.

AVILA, Ângela Aline Hack Schlindwein. Tem alguma coisa, mas não sei o que: o caminho entre a inquietação e a medicalização de bebês e crianças bem pequenas na creche. 2023. 184f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, 2023.

AZEVEDO, Luciana Jaramillo Caruso de. Medicalização das infâncias: entre os cuidados e os medicamentos. Psicologia USP, São Paulo, v. 29, n. 3, p. 451-58, 2018. DOI: https://doi.org/10.1590/0103-656420180107

BARBOSA, Maria Carmem. As especificidades da ação pedagógica com os bebês. Amavi, Rio do Sul, 2010. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2010-pdf/7154-2-2-artigo-mec-acao-pedagogica-bebes-m-carmem/file. Acesso em: 2 jan. 2023.

BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Diário Oficial da União: Brasília, DF, 2009.

BRZOZOWSKI, Fabíola Stolf; CAPONI, Sandra Noemi Cucurullo de. Medicalização dos desvios de comportamento na infância: aspectos positivos e negativos. Psicologia: Ciência e Profissão, Brasília, v. 33, n. 1, p. 208-21, 2013. DOI: https://doi.org/10.1590/S1414-98932013000100016

CARVALHO, Rodrigo Saballa de. O infraordinário na docência com crianças na Educação Infantil. In: SANTIAGO, Flavio; MOURA, Tais Aparecida de (Org.). Infâncias e docências: descobertas e desafios de tornar-se professora e professor. São Carlos: Pedro & João Editores, 2021. p. 71-108.

CARVALHO, Rodrigo Saballa de. Afetos docentes e relações de cuidado na creche: narrativas de professoras em discussão. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 14, n. 1, p. 188-207, 2019. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v14i1.10239

CHRISTOFARI, Ana Carolina; FREITAS, Claudia Rodrigues de; BAPTISTA, Claudio Roberto. Medicalização dos modos de ser e de aprender. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 40, n. 4, p. 1079-102, 2015. DOI: https://doi.org/10.1590/2175-623642057

DECOTELLI, Kely Magalhães; BOHRER, Luiz Carlos Teixeira; BICALHO, Pedro Paulo Gastalho de. A droga da obediência: medicalização, infância e biopoder: notas sobre clínica e política. Psicologia: Ciência e Profissão, Brasília, v. 33, n. 2, p. 446-59, 2013. DOI: https://doi.org/10.1590/S1414-98932013000200014

DOLTO, Françoise. Tudo é linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2021.

DOWBOR, Fátima Freire. Quem educa marca o corpo do outro. São Paulo: Cortez, 2008.

DUMONT-PENA, Erica; SILVA, Isabel de Oliveira. Aprender a cuidar: diálogos entre saúde e educação infantil. São Paulo: Cortez, 2018.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 2004.

GARCIA, Andrea Costa; PINAZZA, Monica Appezzato; BARBOSA, Maria Carmen. Desvendando as pedagogias da creche: o que são práticas pedagógicas transmissivas em um berçário? Educação Unisinos, São Leopoldo, v. 24, 2020. DOI: https://doi.org/10.4013/edu.2020.241.18702 DOI: https://doi.org/10.4013/edu.2020.241.08

GUATTARI, Félix; ROLNIK, Suely. Micropolítica: cartografias do desejo. 7. ed. rev. Petrópolis: Vozes, 2005.

GUIMARÃES, Daniela; ARENARI, Rachel. Na creche, cuidados corporais, afetividade e dialogia. Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 34, 2018. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-4698186909

GUIMARÃES, Daniela. Relações entre bebês e adultos na creche: o cuidado como ética. São Paulo: Cortez, 2011.

HASS, Clarissa. (Des)medicalização da educação pela educação: a potência da ação pedagógica na construção do sujeito de aprendizagem. In: REUNIÃO NACIONAL DA ANPEd, 40., 2021, [S. l.]. Anais eletrônicos [...]. [S. l.]: ANPEd, 2021. Disponível em: http://anais.anped.org.br/p/40reuniao/trabalhos?field_prog_gt_target_id_entityreference_filter=33. Acesso em: 7 ago. 2023.

KELLETER, Rafael Ferreira; CARVALHO, Rodrigo Saballa de. Contribuições da abordagem Pikler para se pensar a inclusão na creche: notas sobre a formação de professores de Educação Infantil. RELACult - Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade, Foz do Iguaçu, v. 5, ed. especial 4 - Encontro Humanístico Multidisciplinar, 2019. DOI: https://doi.org/10.23899/relacult.v5i4.1111

LEITE, Monica Fujimura. Medicalização da infância e seus efeitos. Colloquium Humanarum, [S. l.], v. 13, n. esp., p. 595-600, jul./dez. 2016. DOI: https://doi.org/10.5747/ch.2016.v13.nesp.000895

MIRANDA, Marília Gouvea de. O processo de socialização na escola: a evolução da condição social da criança. In: LANE, Silvia; CODO, Wanderley (Org.). Psicologia social: o homem em movimento. São Paulo: Brasiliense, 1994. p. 125-35.

MOYSES, Maria Aparecida Affonso. A medicalização na educação infantil e no ensino fundamental e as políticas de formação docente: a medicalização do não-aprender-na-escola e a invenção da infância anormal. In: REUNIÃO NACIONAL DA ANPEd, 31., 2001, Caxambu. Anais eletrônicos [...]. Caxambu: ANPEd, 2001. Disponível em: http://31reuniao.anped.org.br/4sessao_especial/se%20-%2012%20-%20maria%20aparecida%20affonso%20moyses.pdf. Acesso em: 7 ago. 2023.

OLIVA, Luiza. Entrevista Alicia Fernández. Entrevistada: Alicia Fernández. Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPP), São Paulo, ago. 2012.

PAÍN, Sara. Subjetividade e objetividade: relação entre desejo e conhecimento. Petrópolis: Vozes, 2012.

PANDE, Mariana Nogueira Rangel; AMARANTE, Paulo Duarte de Carvalho; BAPTISTA, Tatiana Wargas de Faria. Este ilustre desconhecido: considerações sobre a prescrição de psicofármacos na primeira infância. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 25, n. 6, p. 2305-314, 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232020256.12862018

SANTOS, Marlene Oliveira dos. A solidão profissional de professoras de bebês. Revista Interinstitucional Artes de Educar, São Gonçalo, v. 6, n. 2, p. 512-531, 2020. DOI: https://doi.org/10.12957/riae.2020.46690

SAULLO, Rosaria Fernanda Magrin; ROSSETTI-FERREIRA, Maria Clotilde; AMORIM, Katia de Souza. Cuidando ou tomando cuidado? agressividade, mediação e constituição do sujeito - um estudo de caso sobre um bebê mordedor em creche. Pro-Posições, Campinas, v. 24, n. 3, p. 81- 98, 2013. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-73072013000300006

SCARIN, Ana Carla Cividanes Furlan; SOUZA, Marilene Proença Rebello de. Medicalização e patologização da educação: desafios à psicologia escolar e educacional. Psicologia Escolar e Educacional, São Paulo, v. 24, 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/2175-35392020214158

SILVA, Lia Spadini da; SZYMANSKI, Luciana. Crianças e seus diagnósticos no cenário da educação inclusiva: a perspectiva de mães e professoras. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 46, 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/s1678-4634202046225328

VORCARO, Ângela. O efeito bumerang da classificação patológica da infância. In: JERUSALINSKY, Alfredo; FENDRIK, Silvia (Org.). O livro negro da psicopatologia contemporânea. 2 ed. São Paulo: Via Lettera, 2011. p. 219-30.

VYGOTSKY, Lev Semionovitch. Problemas da Defectologia. São Paulo: Expressão Popular, 2021.

VYGOTSKY, Lev Semionovitch. Pensamento e linguagem. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2004

WINNICOTT, Donald Wood. Bebês e suas mães. São Paulo: Ubu Editora, 2020.

WINNICOTT, Donald Wood. O ambiente e os processos de maturação: estudos sobre a teoria do desenvolvimento emocional. Tradução: Irineo Constantino Schuch Ortiz. Porto Alegre: Artmed, 1983.

Publicado

2025-04-02

Cómo citar

Aline Hack Schlindwein Avila, Ângela, & Rodrigues de Freitas, C. (2025). El niño que pregunta y la profesora que responde: la construcción de prácticas pedagógicas no medicalizantes en la guardería. Série-Estudos - Periódico Do Programa De Pós-Graduação Em Educação Da UCDB, 30(68), 191–212. https://doi.org/10.20435/serieestudos.v30i68.1997

Número

Sección

Dossiê: Por uma ética do cuidado na docência de 0-3 anos: das pedagogias de educação infantil às didáticas na creche