<em>Rankings</em> globais, qualidade e a convergência com a internacionalização da Educação Superior na América Latina
DOI:
https://doi.org/10.20435/serie-estudos.v25i53.1368Palavras-chave:
internacionalização, Educação Superior, <em>rankings</em> globais.Resumo
Este estudo, realizado no bojo das pesquisas do Grupo Gestar/CNPq/UFSM, refere-se à temática de internacionalização da Educação Superior (ES) e se insere no debate sobre os rankings e a qualidade. Tem por objetivo geral traçar um panorama sobre a convergência entre os indicadores definidos em destacados rankings globais, os quais buscam medir a qualidade a partir das ações de internacionalização e a interlocução com a percepção latino-americana. Caracteriza-se por uma pesquisa bibliográfica de abordagem qualitativa, com fulcro em revisão teórica, averiguação das declarações emitidas em conferências regionais e mundiais e relatórios de organismos internacionais, a exemplo da UNESCO e do Banco Mundial. No mundo globalizado, a universidade se posiciona como um dos atores estratégicos que contribuem para o desenvolvimento. Assim, estabelecem-se a sociedade do conhecimento e o fortalecimento do processo de mercantilização da ES. Com o avanço da transnacionalização, os rankings internacionais se propõem a classificar as melhores instituições. Verificou-se que os mais influentes rankings globais têm critérios próprios, tais como a produtividade da pesquisa e as citações. Sob a lente de teóricos e da UNESCO, a qualidade é um conceito multidimensional que requer reflexão constante e que deve estar articulada com a pertinência. Constatou-se que a garantia de qualidade, sob a perspectiva do capitalismo universitário, tende a valorizar a ES como commodity, mais do que, propriamente, alcançar um conceito determinado de “qualidade” de ensino.
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