Melhor idade, ou naturalização da velhice e produção de preconceitos?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20435/serie-estudos.v25i54.1303

Palavras-chave:

Velhice, Preconceito, Teoria Histórico-Cultural.

Resumo

Este artigo, de natureza bibliográfica, é originário de uma pesquisa maior voltada para a temática preconceito. Seu objetivo é apresentar uma discussão sobre a naturalização da velhice e a produção do preconceito ao idoso. Trata-se de uma discussão sobre a velhice para além das aparências, já que esta vem sendo convertida, desde a terça última parte do século XX, em um nicho de mercado a ser explorado, de modoqueos holofotes direcionados aos idosos não sãogratuitos nem fortuitos.Mediante o resultado do estudo, destaca-se, entre outras considerações, que o envelhecimento como processo biológico, como alteração de algumas funções orgânicas e como parte do desenvolvimento natural do ser humano é real, está posto para todos os membros da espécie e não há como negá-lo. No entanto a velhice com caráter negativo, carregada de preconceitos, é fenômeno social, logo, uma produção humana, erigida no interior das relações sociais. Discuti-la de tal perspectiva torna-se, portanto, imperioso, se de fato primamospelapromoção humana em todas as suas idades e etapas dodesenvolvimento.

Biografia do Autor

Renata de Almeida Vieira, Instituto Federal de São Paulo (IFSP), São Paulo, São Paulo, Brasil.

Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Maringá (UEM).Professora do Instituto Federal de São Paulo (IFSP).

Lizete Shizue Bomura Maciel, Universidade Estadual de Maringá (UEM), Maringá, Paraná, Brasil.

Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Professora aposentada da Universidade Estadual de Maringá.

Referências

ARAÚJO, L. F.; CARVALHO, V.A. M. L. Aspectos sócio-históricos e psicológicos da velhice. MNEME-Revista de Humanidades, Caicó, RN, v. 6, n. 13, p. 1-9, dez.2004/jan.2005.

AZEVEDO, F. F. S.Dicionário analógico da língua portuguesa (idéias afins). Brasília: Editora de Brasília, 1974.

BOCK, A. M. B. A perspectiva sócio-histórica de Leontiev e a crítica à naturalização da formação do ser humano: a adolescência em questão. Cadernos Cedes, Campinas, SP, v. 24, n. 62, p. 26-43, abr. 2004.

BUENO, F. da S. Dicionário escolar da língua portuguesa. 11. ed. Rio de Janeiro: FENAME, 1981.

CAMPOS, T. J. Lazer e terceira idade: contributos do turismo no âmbito do Programa Clube da Melhor Idade. 2003. 151 f.Dissertação (Mestrado em Gerontologia) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2003.

DEBERT, G. G.. A reinvenção da velhice: socialização e processos de reprivatização doenvelhecimento. São Paulo: EDUSP, 1999.

DUARTE, N. A individualidade para-si: contribuição a uma teoria histórico-social da formação do indivíduo. Campinas, SP: Autores Associados, 1993.

HADDAD, E. G. de M. A ideologia da velhice. São Paulo: Cortez, 1986.

LENDZION, C. R. Envelhecimento e qualidade de vida. Revista Pró-Saúde, Curitiba, PR, v. 1, n. 1, 2002.

LEONTIEV, A. O desenvolvimento do psiquismo. Lisboa: Livros Horizonte, 1978.

MACIEL, A. T. B.; TAAM, R. A velhice como espetáculo. Acta Scientiarum, Maringá, v. 29, n. 1, p. 57-62, 2007.

MAZO, G. Z.; LOPES, M. A.; BENEDETTI, T. B. Atividade física e o idoso: concepção gerontológica. Porto Alegre: Sulina, 2001.

MINAYO, M. C.S. Violência contra idosos: relevância para um velho problema. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 19, n. 3, p. 783-91, maio/jun. 2003.

NERI, A. L. Gerontologia estuda envelhecimento de forma global. Entrevista realizada em 10 set. 2002. Disponível em: http://www.comciencia.br/entrevistas/envelhecimento/neri.htm. Acesso em: 4 ago. 2008.

SIQUEIRA, R. L.; BOTELHO, M. I. V.; COELHO, F. M. G. A velhice: algumas considerações teóricas e conceituais. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 7, n. 4, p. 899-906, 2002.

VIEIRA, R. de A. A produção social do preconceito: subsídios para a formação de professores. Maringá: EDUEM, 2012.

VIEIRA, R. A. Contribuições do pensamento pedagógico de Georges Snyders para a abordagem do antipreconceito. 2011, 255f. Tese (Doutorado)-Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2011.

VIEIRA, R. de A. Georges Snyders - por uma pedagogia da alegria e do antipreconceito – subsídios para a formação de professores. Maringá: EDUEM, 2016.

Downloads

Publicado

2020-08-20

Como Citar

de Almeida Vieira, R., & Bomura Maciel, L. S. (2020). Melhor idade, ou naturalização da velhice e produção de preconceitos?. Série-Estudos - Periódico Do Programa De Pós-Graduação Em Educação Da UCDB, 25(54). https://doi.org/10.20435/serie-estudos.v25i54.1303

Edição

Seção

Artigos