Melhor idade, ou naturalização da velhice e produção de preconceitos?
DOI:
https://doi.org/10.20435/serie-estudos.v25i54.1303Palavras-chave:
Velhice, Preconceito, Teoria Histórico-Cultural.Resumo
Este artigo, de natureza bibliográfica, é originário de uma pesquisa maior voltada para a temática preconceito. Seu objetivo é apresentar uma discussão sobre a naturalização da velhice e a produção do preconceito ao idoso. Trata-se de uma discussão sobre a velhice para além das aparências, já que esta vem sendo convertida, desde a terça última parte do século XX, em um nicho de mercado a ser explorado, de modoqueos holofotes direcionados aos idosos não sãogratuitos nem fortuitos.Mediante o resultado do estudo, destaca-se, entre outras considerações, que o envelhecimento como processo biológico, como alteração de algumas funções orgânicas e como parte do desenvolvimento natural do ser humano é real, está posto para todos os membros da espécie e não há como negá-lo. No entanto a velhice com caráter negativo, carregada de preconceitos, é fenômeno social, logo, uma produção humana, erigida no interior das relações sociais. Discuti-la de tal perspectiva torna-se, portanto, imperioso, se de fato primamospelapromoção humana em todas as suas idades e etapas dodesenvolvimento.
Referências
ARAÚJO, L. F.; CARVALHO, V.A. M. L. Aspectos sócio-históricos e psicológicos da velhice. MNEME-Revista de Humanidades, Caicó, RN, v. 6, n. 13, p. 1-9, dez.2004/jan.2005.
AZEVEDO, F. F. S.Dicionário analógico da língua portuguesa (idéias afins). Brasília: Editora de Brasília, 1974.
BOCK, A. M. B. A perspectiva sócio-histórica de Leontiev e a crítica à naturalização da formação do ser humano: a adolescência em questão. Cadernos Cedes, Campinas, SP, v. 24, n. 62, p. 26-43, abr. 2004.
BUENO, F. da S. Dicionário escolar da língua portuguesa. 11. ed. Rio de Janeiro: FENAME, 1981.
CAMPOS, T. J. Lazer e terceira idade: contributos do turismo no âmbito do Programa Clube da Melhor Idade. 2003. 151 f.Dissertação (Mestrado em Gerontologia) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2003.
DEBERT, G. G.. A reinvenção da velhice: socialização e processos de reprivatização doenvelhecimento. São Paulo: EDUSP, 1999.
DUARTE, N. A individualidade para-si: contribuição a uma teoria histórico-social da formação do indivíduo. Campinas, SP: Autores Associados, 1993.
HADDAD, E. G. de M. A ideologia da velhice. São Paulo: Cortez, 1986.
LENDZION, C. R. Envelhecimento e qualidade de vida. Revista Pró-Saúde, Curitiba, PR, v. 1, n. 1, 2002.
LEONTIEV, A. O desenvolvimento do psiquismo. Lisboa: Livros Horizonte, 1978.
MACIEL, A. T. B.; TAAM, R. A velhice como espetáculo. Acta Scientiarum, Maringá, v. 29, n. 1, p. 57-62, 2007.
MAZO, G. Z.; LOPES, M. A.; BENEDETTI, T. B. Atividade física e o idoso: concepção gerontológica. Porto Alegre: Sulina, 2001.
MINAYO, M. C.S. Violência contra idosos: relevância para um velho problema. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 19, n. 3, p. 783-91, maio/jun. 2003.
NERI, A. L. Gerontologia estuda envelhecimento de forma global. Entrevista realizada em 10 set. 2002. Disponível em: http://www.comciencia.br/entrevistas/envelhecimento/neri.htm. Acesso em: 4 ago. 2008.
SIQUEIRA, R. L.; BOTELHO, M. I. V.; COELHO, F. M. G. A velhice: algumas considerações teóricas e conceituais. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 7, n. 4, p. 899-906, 2002.
VIEIRA, R. de A. A produção social do preconceito: subsídios para a formação de professores. Maringá: EDUEM, 2012.
VIEIRA, R. A. Contribuições do pensamento pedagógico de Georges Snyders para a abordagem do antipreconceito. 2011, 255f. Tese (Doutorado)-Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2011.
VIEIRA, R. de A. Georges Snyders - por uma pedagogia da alegria e do antipreconceito – subsídios para a formação de professores. Maringá: EDUEM, 2016.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A revista Série-Estudos permite a reprodução total em outro órgão de publicação mediante a autorização por escrito do editor, desde que seja feita citação da fonte (Série-Estudos) e remetido um exemplar da reprodução. A reprodução parcial, superior a 500 palavras, tabelas e figuras deverá ter permissão formal de seus autores.
Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.