Enseñanza, currículo y negritud: la (re)existencia de caminos de afecto y disenso en la práctica de la alfabetización
DOI:
https://doi.org/10.20435/serieestudos.v29i65.1936Palabras clave:
currículum afrocéntrico, literatura, (re)existenciaResumen
El currículo, entendido como territorio y locus de disputas de poder, se configura como instancia colonizada y colonizadora al destacar y legitimar saberes y prácticas arraigados en patrones hegemónicos opresivos basados en fundamentos blanco-céntricos. Buscando (re)construir otra lógica frente a este escenario, la escuela, al optar por caminos de resistencia, se configura como un espacio de reconocimiento y valoración de la diversidad a través de interpelaciones pedagógicas, éticas y políticas disidentes. A través de cartas (auto)narrativas, este artículo presenta reflexiones sobre las prácticas curriculares afrocentradas en los primeros años de la escuela primaria. La experiencia de profesores negros en una escuela primaria federal ha mostrado, a través de acciones vinculadas al proyecto de enseñanza e investigación Áfricas y Yo, la apertura de brechas curriculares para la valorización y emancipación de la negritud, rompiendo con la lógica de la objetivación (Césaire, 2020) de los cuerpos y saberes africanos y afrobrasileños. Concluimos que resaltar el protagonismo y el poder negro en las prácticas de lectura, escritura y oralidad con los niños en el proceso de alfabetización es un acto de (re)existencia frente a estructuras y patrones de poder deshumanizantes. De esta forma, se abren caminos para que otras voces se hagan eco y constituyan narrativas de emancipación de las diferentes formas de existir en el mundo, con la humanización como matriz primordial, a partir de un currículo afrocéntrico y afectivo.
Citas
ALMEIDA, C. V. A. Currículo afrocentrado: implicações para a formação docente. Revista Sul-Americana de Filosofia e Educação, Brasília, n. 31, p. 71-86, maio/out. 2019. Doi: https://doi.org/10.26512/resafe.vi31.28257
ARROYO, M. G. O direito à educação e a nova segregação social e racial – tempos insatisfatórios? Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 31, n. 3, p. 15-47, jul./set. 2015.
ARROYO, M. G. Currículo, território em disputa. Petrópolis: Vozes, 2011.
BRASIL. Coleção das Leis do Império do Brasil de 1837. Rio de Janeiro: Typographia Nacional, 1837. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/legislacao/colecao-anual-de-leis/copy_of_colecao3.html. Acesso em: 7 jan. de 2024.
CARVALHO, F. L. C. Analisando o racismo, as relações de poder e a descolonização no currículo: 10 anos pós-implementação da Lei 0.639/03. In: SANTANA, P. M. S.; ROCHA, R. M. C. (Org.). Africanidades e brasilidades no currículo da Educação Básica: compartilhando reflexões, vivências, experiências e práticas. São Paulo: Ribeirão Gráfica e Editora, 2018.
CARVALHO, I. C. M. Biografia, identidade narrativa: elementos para uma análise hermenêutica. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, v. 9, n. 19, p. 283-302, 2003.
COLLINS, P. H. Black Feminist thought: knowledge, consciousness and the politics of empowerment. 2. ed. New York: Routledge, 2000.
CONNELLY, M. F.; CLANDININ, J. D. Relatos de Experiência e Investigación Narrativa. In: LARROSA, J. (Org.). Déjame que te cuente: ensayos sobre narrativa y educación. Barcelona: Laertes, 1995. p. 11-51.
CÉSAIRE, A. Discurso sobre o colonialismo. São Paulo: Veneta, 2020.
DEUS, L. Lei do ensino de História da África nas escolas completa 20 anos e escancara lacunas na formação de professores antirracistas. [Entrevista cedida a] Laura Pereira Lima. Jornal da USP, São Paulo, 2023. Disponível em: https://jornal.usp.br/diversidade/lei-que-preve-ensino-de-historia-da-africa-nas-escolas-completa-vinte-anos-e-escancara-lacunas-na-formacao-de-professores-antirracistas/. Acesso em: 8 jan. 2024.
DUARTE, N.; MARTINS, L. M. As contribuições de Aleksei Nikolaevich Leontiev para o entendimento da relação entre educação e cultura em tempos de relativismo pós-moderno. In: FERRO, O. M. R.; LOPES, Z. A. (Org.). Educação e Cultura: lições históricas do universo pantaneiro. Campo Grande: UFMS, 2013. p. 43-79.
FERREIRO, E. Com todas as letras. São Paulo: Cortez, 1999.
FERREIRO, E. Alfabetização em Processo. São Paulo: Cortez, 1996.
FERREIRO, E. Reflexões sobre alfabetização. São Paulo: Cortez, 1985.
GOMES, N. L. Raça e Educação Infantil: à procura de justiça. Revista e-Curriculum, São Paulo, v. 17, n. 3, p. 1015-44, jul./set. 2019.
GOMES, N. L. Por uma indignação antirracista e diaspórica: negritude e afro-brasilidade em tempos de incertezas. Revista ABPN, Curitiba, v. 10, n. 26, p. 111-124, jul./out. 2018. Disponível em: www.abpn.org. Acesso em: 6 jan. 2024.
JESUS, A. R. Currículo e Educação: conceito e questões no contexto educacional. In: CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (EDUCERE), 8., 2008, Curitiba. Anais [...] Curitiba: PUCPR, 2008. Disponível em: https://lagarto.ufs.br/uploads/content_attach/path/11339/curriculo_e_educacao_0.pdf. Acesso em: 8 jan. 2024.
KILOMBA, Grada. Memórias da Plantação: episódios de Racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.
LARROSA, L. J. Notas sobre a experiência e o saber da experiência. Revista Brasileira da Educação (ANPED), Rio de Janeiro, n. 19, jan./abr. 2002.
MONTEIRO, E. Como Emília Ferreiro revolucionou a alfabetização. [Entrevista cedida a] Stephanie Kim Abe. Cenpec, 2023. Disponível em: https://www.cenpec.org.br/noticias/como-emilia-ferreiro-revolucionou-a-alfabetizacao. Acesso em: 7 jan. 2024.
MUNANGA, K. Superando o racismo na escola. Brasília: MEC, 2005.
NEGRÃO, F. C; GONZAGA, A. M. A escrita de si por meio da metodologia de cartas (auto)biográficas. In: CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO (CONEDU), 8., 2022, Campina Grande. Anais [...]. Campina Grande: Realize Editora, 2022. Disponível em: https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/89808. Acesso em: 9 jan. 2024.
PAVAN, R.; TEDESCHI, S. L. Currículo e (de)colonialidade: a potência decolonial em escolas com baixo IDEB. Série Estudos, Campo Grande, v. 26 n. 57, maio/ago. 2021. Disponível em: http://educa.fcc.org.br/pdf/sest/v26n57/1414-5138-sest-26-57-0253.pdf. Acesso em: 04 jan. 2024.
SANTOS, E. A.; RIBEIRO, E. L. Concepções de alfabetização nas DCNS e na BNCC: duas linhas paralelas ou convergentes? Work. Pap. Linguíst., Florianópolis, v. 22, n. 1, jan./jul. 2021. Doi: https://doi.org/10.5007/1984-8420.2021e71342
SOARES, M. Alfabetização: a questão dos métodos. São Paulo: Contexto, 2016.
VIEIRA JÚNIOR, I. Doramar ou a odisseia: histórias. São Paulo: Todavia, 2021.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Bruna D´Carlo Rodrigues de Oliveira Ribeiro, Patrícia Barros Soares Batista , Ana Paula Campos Cavalcanti
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
A revista Série-Estudos permite a reprodução total em outro órgão de publicação mediante a autorização por escrito do editor, desde que seja feita citação da fonte (Série-Estudos) e remetido um exemplar da reprodução. A reprodução parcial, superior a 500 palavras, tabelas e figuras deverá ter permissão formal de seus autores.
Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.