Modos de aprontar na academia: escrevivências e fabulações curriculares
DOI:
https://doi.org/10.20435/serieestudos.v29i65.1941Palavras-chave:
escrevivências, fabulações, currículoResumo
O texto trata sobre modos de aprontar a pesquisa em educação, especialmente no campo do currículo, a partir do conceito de escrevivências, da escritora Conceição Evaristo (2020). Seu fio condutor são fabulações curriculares (Hartman, 2022) que articulam práticas pedagógicas na escola e na universidade, a partir da experiência de ensino e orientação em um mestrado profissional em Educação. A condição diferenciada do Programa permite colocar em questão as concepções de lócus, objeto e pesquisado. O diálogo com as intelectuais negras Beatriz Nascimento (2022) e Sueli Carneiro (2023) possibilita a discussão sobre o conceito de epistemicídio, que se dá via desgaste de alguns debates, além da separação entre obra e autoria. Através de demandas curriculares apresentadas por estudantes da educação básica, proponho modos de fazer pesquisa inspirados nas escrevivências docentes.
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