Modos de aprontar na academia: escrevivências e fabulações curriculares

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20435/serieestudos.v29i65.1941

Palavras-chave:

escrevivências, fabulações, currículo

Resumo

O texto trata sobre modos de aprontar a pesquisa em educação, especialmente no campo do currículo, a partir do conceito de escrevivências, da escritora Conceição Evaristo (2020). Seu fio condutor são fabulações curriculares (Hartman, 2022) que articulam práticas pedagógicas na escola e na universidade, a partir da experiência de ensino e orientação em um mestrado profissional em Educação. A condição diferenciada do Programa permite colocar em questão as concepções de lócus, objeto e pesquisado. O diálogo com as intelectuais negras Beatriz Nascimento (2022) e Sueli Carneiro (2023) possibilita a discussão sobre o conceito de epistemicídio, que se dá via desgaste de alguns debates, além da separação entre obra e autoria. Através de demandas curriculares apresentadas por estudantes da educação básica, proponho modos de fazer pesquisa inspirados nas escrevivências docentes.

Biografia do Autor

Iris Verena Oliveira, Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

Doutora em Estudos Étnicos e Africanos pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Professora do Colegiado de História e do Programa Profissional em Educação e Diversidade, Departamento de Educação – Campus XIV/Universidade do Estado da Bahia (UNEB).

Referências

ALMEIDA, Silvio. Racismo Estrutural. São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen, 2019.

BERTH, Joice. O que é empoderamento? Belo Horizonte: Letramento, 2018.

CARNEIRO, Sueli. Dispositivo de racialidade: a construção do outro como não ser como fundamento do ser. Rio de Janeiro: Zahar, 2023

EVARISTO, Conceição. “A escrevivência e os seus subtextos”. In: DUARTE, Constância Lima; NUNES, Isabella Rosado (Org.). Escrevivência: a escrita de nós. Reflexões sobre a obra de Conceição Evaristo. Rio de Janeiro: Mina Comunicação e Arte, 2020.

GONZALEZ, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.

HARAWAY, Donna. Ficar com o problema: fazer parentes no chthluceno. Rio de Janeiro: N1-edições, 2023.

HARTMAN, Saidiya. Vidas Rebeldes, Belos experimentos: histórias íntimas de meninas negras desordeiras, mulheres encrenqueiras e queers radicais. São Paulo: Fósforo, 2022.

HOOKS, bell. Tudo sobre o amor: novas perspectivas. São Paulo: Elefante, 2020.

HOOKS, bell. Vivendo de Amor. Portal Geledes, [s.l.], 2010. Disponível em: https://www.geledes.org.br/vivendo-de-amor/. Acesso em: 15 jan. 2024

LORDE Audre, Irmã Outsider: ensaios e conferências. Belo Horizonte: Autêntica, 2019.

MBEMBE, Achille. Necropolítica. São Paulo: n-1, 2018.

MOMBAÇA, Jota. “Plantation Cognitiva”. São Paulo: MASP, 2020.

NASCIMENTO, Beatriz; RATTS, Alex (Org). O negro visto por ele mesmo. São Paulo: Ubu Editora, 2022.

RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento, 2017.

SHARPE, Christina. No vestígio: negridade e existência. São Paulo: Ubu editora, 2023.

SILVA, Denise Ferreira da. Homo Modernus: para uma ideia global de raça. Rio de Janeiro: Cobogó, 2022.

Downloads

Publicado

2024-05-15

Como Citar

Oliveira, I. V. . (2024). Modos de aprontar na academia: escrevivências e fabulações curriculares. Série-Estudos - Periódico Do Programa De Pós-Graduação Em Educação Da UCDB, 29(65), 219–240. https://doi.org/10.20435/serieestudos.v29i65.1941