O encontro com os signos artísticos do cinema produzindo movimentos aberrantes nas redes de conversação com professores e professoras
DOI:
https://doi.org/10.20435/serie-estudos.v26i58.1583Palavras-chave:
Currículos, formação continuada, signos artísticosResumo
Apresenta uma experimentação provocada em processos de formação inventiva − de professores e professoras da escola pública − no encontro com os signos artísticos do cinema, no intuito de produzir movimentos aberrantes em redes de conversações. Argumenta que o pensamento – por meio do encontro com os signos artísticos − pode ser constrangido ao estranhamento, ao desconhecido, instaurando processos de subjetivação e criação de mundos nos quais outros pensamentos são possíveis. O campo problemático, delineado nos encontros com os signos artísticos e corpos e fluxos e intensidades, pode ser assim enunciado: de que modo os movimentos aberrantes fazem liberar a potência da vida, engendrando modos outros de subjetivação? Apresenta a cartografia como aporte teórico-metodológico para acompanhar as redes de conversações que fazem proliferar afetos e afecções na constituição de movimentos aberrantes do pensamento no encontro com os signos artísticos. Deleuze, Guattari, Lapoujade e Carvalho são os intercessores convidados para essa composição com professores e professoras de duas escolas públicas de Educação Infantil da Serra, ES. Afirma os encontros de formação inventiva de professores e professoras como experimentação, nos quais os percursos, tempos e fluxos são inventados, compartilhados e, por serem intensivos, reverberam movimentos aberrantes do pensamento que dão a falar currículos, docências, aprendizagens.
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