De semióforos, glocalização e redes: novas tecnologias na escola
DOI:
https://doi.org/10.20435/serie-estudos.v0i20.435Resumo
No caminho de Deleuze e Guattari (1995) o texto, resultado de uma pesquisa teórica, faz rizomas com semióforos – objetos raros etc., no dizer de Chauí (2000); com o movimento de “glocalização” do mundo conforme Canevacci (1996) que redefine o lugar da educação obrigando-a a enfrentar uma complexa gama de desafios. Para isso, toma como primeira premissa as três idades da Midiasfera, proposta por Debray (1993): a logosfera, período do escrito raro, destinado a ser dito em público; a grafosfera, correspondente ao escrito abundante (porque impresso), destinado a ser lido em particular; a videosfera, que se refere ao escrito superabundante, destinado a ser mostrado via tela. Apanha, como segunda premissa, Castells (1992,1999) com o dizer que as redes constituem a nova morfologia social de nossas sociedades; que interpreta o conceito de agenciamento de Deleuze e Guattari (1997) como a convergência de ações, competências, idéias e recursos técnicos compartilhados por um coletivo humano; e que, com Levy (1993) sinaliza quatro pólos que caracterizam o funcionamento das redes digitais. Com base nas premissas elencadas, é possível afirmar que não existe cultura digital entre os adultos – daí as “novas” tecnologias serem para eles semióforos, enquanto para as crianças e adolescentes as “novas” tecnologias são apenas artefatos tecnológicos a serem explorados com curiosidade. Como conclusão, afirma, a partir de Debray (1993) que o professor não detém mais o sacrossanto – o conhecimento, visto serem as “novas” tecnologias as detentoras do sagrado social hodierno – o virtual. Tal proposição implica expandir, a partir do anti-modelo do rizoma, novos processos de interação e comunicação no ensino mediado pelas tecnologias para ir além da relação entre ensinar e aprender, como afirma Kensky (2002). Neste caminho as novas tecnologias podem deixar de ser semióforos.
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