Reformas educacionais, cultura e cotidiano escolar
DOI:
https://doi.org/10.20435/serie-estudos.v0i20.434Resumo
O texto aqui apresentado problematiza as relações e mediações entre as reformas educacionais promovidas pelo Estado brasileiro, nos anos noventa do século passado, a cultura escolar e o cotidiano escolar. Observamos, no âmbito da educação escolar, que as políticas reformistas constituem um esforço de feições planetárias, promovido pelos conglomerados transnacionais e seus agentes multilaterais: BIRD, BID, FMI e OMC. Assumimos o suposto de que as reformas educacionais, nucleadas na educação para o trabalho e para a cidadania, referenciam-se em práticas formativas cuja finalidade é a formação do indivíduo nos limites das relações fundantes da sociedade das mercadorias como meio de criar as possibilidades de naturalizar e perpetuar a lógica do Capital em sua luta incessante para controlar, subordinar e alienar o Trabalho.
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