Perfuratividades: máquinas de guerra sonora e táticas curriculantes com o funk em um cotidiano escolar
DOI:
https://doi.org/10.20435/serie-estudos.v26i58.1580Palavras-chave:
Currículo, Cotidiano, Pesquisa improvisativaResumo
Eis uma amostra parcial da paisagem de uma pesquisa cujo enquadramento em questão são as perfurações que podem devir curriculantes nos agência/mentos musicais disseminados em cotidianos escolares. A noção de currículo que é operada ao longo da narrativa é performativa, o que implica pensar o seu discurso como um ato de poder e compor sua escritura com procedimentos de familiaridade musical, para produzir, em vez de um documento disciplinar sobre música, uma partitura curricular, partitura que também se assemelha a um cartograma, é rizoma, e também um convite a uma performance improvisativa de pesquisa nas ambulações com os argumentos da investigação pós-qualitativa, em encontros com os conceitos de deriva, experiência, e acontecimento. E foi justamente da perfuração sonora do no agência/mento funk “Bum Bum Tam Tam” de MC Fioti, no pátio de um colégio, e das simbioses entre estudantes e esse evento, suas plagicombinações e mixagens políticas, formasfluxos, que a pesquisa tentou partiturografar a emergência de algumas conceituações em rumo teorizante para uma ecologia estética em currículos.
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