Povos indígenas, educação superior e interculturalidade: uma experiência entre as professoras Xokleng da terra indígena Ibirama, em Santa Catarina
Resumen
Pretende-se neste artigo abrir um espaço de reflexão sobre a realidade vivenciada pelas professoras Xokleng da Terra Indígena (TI) Ibirama, que encontram-se matriculadas em cursos de Licenciatura no Centro Educacional Leonardo Da Vinci (Uniasselvi). Tomando como base a perspectiva intercultural, pretendemos pensar sobre as relações estabelecidas entre as professoras Xokleng e as não-índias e não-índios nesta instituição de ensino superior, bem como sobre as relações com seus familiares a partir deste contexto. Para compreender os significados presentes nestas relações é preciso avaliar as dimensões de etnia e de gênero e como estas podem reconfigurar a representação que estas professoras fazem de si mesmas no processo de construção de sua própria identidade étnica.Citas
AZIBEIRO, Nadir Esperança. Educação intercultural e comunidades de periferia: limiares da formação de educador@s. 2006a. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis: PPGE/CED/UFSC, 2006a.
______. Em busca de uma perspectiva dialógica. Disponível em: <http://www.mover.ufsc.br/pdfs/2005_Azibeiro.pdf>. Acesso em: 02 dez. 2006b.
BHABHA, H. O local da cultura. Belo Horizonte: UFMG, 1998;
BARTH, Fredrik. Grupos Étnicos e suas fronteiras. In.: POUTIGNAT, Philippe; STREIFF-FENART, Jocelyne. Teorias da Etnicidade. São Paulo: Unesp, 1998. 250p.
BATESSON, Gregory. Steps to an ecology of mind. Toronto: Chandler Publishing Company. 1979.
CERTEAU, Michel de. A cultura no plural. Campinas-SP: Papirus, 1995, 253p.
CHRISTÓVÃO, Mariani Balland. A Mulher Indígena do Vale do Itajaí. 1999. 220f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual Paulista, Universidade do Centro-Oeste do Paraná, Guarapuava-PR, 1999.
FERNÁNDEZ, Maria del Pilar Miguez. El análisis de género en la educación escolar. Disponível em: <http://interbilingue.ajusco.unp.mx/modules.php?name=news&file=article&sid=182>. Acesso em: 12 dez.2006.
FLEURI, Reinaldo Matias (Org.). Educação Intercultural: mediações necessárias. Rio de Janeiro: DP&A, 2003a.
______. Intercultura e Educação. Revista Grifos. Chapecó: Argos, 2003b. 200p.
GROSSI, Míriam Pillar. Identidade de Gênero e Sexualidade. Cadernos Antropologia em Primeira Mão. Publicação do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (UFSC), 1996, n. 24, p. 1-15;
GRUPIONI, Luís Donisete Benzi. A política de educação escolar indígena. Sisponível em: <http://www.socioambiental.org/pib/portugues/indenos/polit_educacao.shtm>. Acesso em: 11 dez. 2006.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Tradução Tomaz Tadeu da Silva e Guacira Lopes Louro. 10.ed. Rio de Janeiro; DP&A, 2005.
HENRIQUES, Karyn Nancy Rodrigues. Territórios indígenas em espaços urbanos: um estudo da migração dos indígenas da TI Ibirama para Blumenau-SC. 2000. 138 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2000.
HENRY, Jules. Jungle people: a Kaingang tribe of the highlands of Brazil. New York: Vintage Books, 1964. 216p.
HENTZ, Maria Izabel de Bortoli. Nas vozes da educação escolar indígena: os sentidos do discurso dos professores Xokleng como elemento constitutivo da identidade. 2005. 220 f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão. Programa de Pós-Graduação em Lingüistica, Florianópolis, 2005.
MATURAMA, Humberto. Emoções e linguagem na educação e na política. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002a.
MATURAMA, Humberto & VARELA, Francisco. A árvore do conhecimento: as bases biológicas da compreensão humana. São Paulo: Editora Palas Athenas, 2002b.
MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo. Instituto Piaget, Portugal, 1995.
NAMEM, Alexandre Machado. Botocudo: uma histórica de contato. Florianópolis: Editora da UFSC; Blumenau: Editora da FURB, 1994, 111p.
RIBEIRO, Darcy. Os índios e a Civilização. 7.ed.. São Paulo:Companhia das Letras, 1996.
SANTOS, Silvio Coelho dos. Índios e brancos no sul do Brasil: a dramática experiência dos Xokleng. Porto Alegre: Movimento; Brasília: Minc/Pró-Memória/INL, 1987. 313p.
SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil para análise histórica. Educação e Realidade, v. 16, n. 2, 1990, p. 5-22;
TASSINARI, Antonella Maria Imperatriz. Escola Indígena: novos horizontes teóricos, novas fronteiras de educação. In. SILVA, Aracy Lopes da; LEAL FERREIRA, Mariana Kawall (Orgs.). Antropologia, história e educação: a questão indígena e a escola. São Paulo: Global/Mari, 2001, 398p.
WEBER, Cátia; NARDI, Ivanete; FLEURI, Reinaldo Matias. Do outro lado do espelho: a resignificação dos conceitos de igualdade e diferença no campo da educação intercultural. In.: Congresso Internacional Cotidiano Diálogos sobre Diálogos, Anais... Niterói-RJ: Grupalfa/UFF, 2005;
WIIK, Flávio Braune. Christianity converted: an ethnographic analysis of the Xokleng Laklanõ indians and the transformations resulting fron their encounter with pentecostalism. 2004. 358p. Disssertação (Doutorado) – The University of Chicago, Estados Unidos da América. Deparment of Anthropology, 2004.
______. Xokleng. In.: MELATTI, Júlio César (Org.). Enciclopédia dos Povos Indígenas do Brasil. São Paulo: Instituto Sócio Ambiental (ISA). Disponível em: <http://www.socioambiental.org>. Acesso em: mar. 2005.
WOODAWRD, Kathryn. A identidade e diferença: uma introdução teórica e conceitual. In.: SILVA, Tomaz Tadeu da. Identidade e diferença: perspectivas dos Estudos Culturais. Petrópolis: Vozes, 2005. p. 7-72;
VARELA, Francisco. Conhecer – as ciências congnitivas: tendências e perspectivas. Lisboa: Instituto Piaget, [s.d.].
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
A revista Série-Estudos permite a reprodução total em outro órgão de publicação mediante a autorização por escrito do editor, desde que seja feita citação da fonte (Série-Estudos) e remetido um exemplar da reprodução. A reprodução parcial, superior a 500 palavras, tabelas e figuras deverá ter permissão formal de seus autores.
Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.