Relaciones étnico-raciales en el currículo de Ciencias y Educación Física: apuntes teóricos
DOI:
https://doi.org/10.20435/serieestudos.v29i66.1863Palabras clave:
enseñanza de las Ciencias, relaciones étnico-raciales, Educación FísicaResumen
Este artículo presenta un esquema teórico del conocimiento producido en el ámbito de dos investigaciones doctorales en curso, que tienen como campo de estudio las relaciones étnico-raciales en dos componentes curriculares de la enseñanza básica: Educación Física y Ciencias. En él, reforzamos la importancia de conocer qué uso se hace de la historia de África y de las relaciones étnico-raciales en el currículo, de acuerdo con la Ley 10.639/03, para organizar el trabajo de las asignaturas de Educación Física y Ciencias, incluso escolar, en los últimos años de la Educación Primaria y, a cambio, contribuir a las prácticas pedagógicas en el proceso de deconstrucción de prejuicios raciales y relaciones étnico-raciales socialmente vigentes en las escuelas y en la sociedad brasileña. En este texto buscamos mostrar posibilidades para la inclusión de la temática étnico-racial en el aula, teniendo como parámetro el reconocimiento y valoración de la educación intercultural crítica y su potencial (Walsh, 2007, 2009) en el currículo escolar, como un desafío para la escuela y los profesores. Finalmente, defendemos el punto de vista según el cual los contenidos sobre las relaciones étnico-raciales, cuando se valoran en las disciplinas de Educación Física y Ciencias, pueden permitir a los docentes adquirir conocimientos que les permitan trabajar con la educación antirracista y actuar como profesionales comprometidos para enfrentar los desafíos que plantea el racismo en la vida escolar cotidiana.
Citas
BEZERRA, Daniele Barbosa; SANTOS, Adriana Cavalcante. O ensino de ciências e a educação de jovens e adultos: diálogos e pressupostos epistemológicos. Educon, Aracaju, v. 10, n. 1, p. 1-11, set. 2016.
BOTO, Carlota. A escola do homem novo: entre o iluminismo e a Revolução Francesa. São Paulo: Unesp, 1996.
BRASIL. Lei n. 11.645, de 10 março de 2008. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Brasília, DF: Presidência da República, 2008.
BRASIL. Ministério da Educação [MEC]. Diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana na educação básica. Brasília, DF: MEC, 2004.
BRASIL. Lei n. 10.639, de 09 de janeiro de 2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2003.
BRITO, Rafael Casaes de; EUGENIO, Benedito Gonçalves. O ensino de ciências e as relações étnico-raciais em dissertações e teses (2009-2021): entre ausências e emergências. REAMEC – Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, Cuiabá, v. 11, n. 1, e23028, jan./dez. 2023. Doi: https://doi.org/10.26571/reamec.v11i1.14803
CARVALHO, Ana Maria Pessoa; GIL-PÉREZ, Daniel. Formação de professores de ciências: tendências e inovações. 7. ed. São Paulo: Cortez, 2003.
CHAGAS, Conceição Correa. Negro uma identidade em construção: dificuldades e possibilidades. Petrópolis: Vozes, 1997.
CANDAU, Vera Maria Ferrão (Org.). Somos todos iguais? Escola, discriminação e educação em direitos humanos. Rio de Janeiro: DP&A Editora, 2003.
CUNHA, Manuela Carneiro da. Identidade étnica. In: SALLUM JUNIOR, Brasilio; SCHWARCZ, Lilia Moritz; VIDAL, Diana Gonçalves; CATANI, Afrânio Mendes. (Org.). Identidades. São Paulo: EDUSP, 2018. p. 43-48.
DAOLIO, Jocimar. Educação física e o conceito de cultura. Campinas: Autores Associados, 2004.
FERNANDES, José Ricardo Oriá. Ensino de História e diversidade cultural: desafios e possibilidade. Caderno Cedes, Campinas, v. 25, n. 67, p. 378-88, set./dez. 2005
FERNANDES, Kelly Menezes. Biologia, Educação das Relações Étnico-Raciais e Inversão Epistemológica. Revista Interinstitucional Artes de Educar, Rios de janeiro, v. 1, n. 2, p. 311- 23, jun./set. 2015
GOMES, Nilma Lino. O movimento negro educador: saberes construídos nas lutas por emancipação. Petrópolis: Vozes, 2017. 154 p.
GOMES, Nilma Lino. Indagações sobre currículo: Diversidade e Currículo. MEC,
Brasília, DF, 2007.
GUSMÃO, João. A escola como espaço sociocultural: reflexões e práticas. 2. ed. São Paulo: Editora Educação, 2003.
JESUS, Jeobergna; PAIXÃO, Marília Costa Santos; PRUDÊNCIO, Christiana Andrea Vianna. Relações étnico-raciais e o ensino de ciências: um mapeamento das pesquisas sobre o tema. Revista da FAEEBA, Salvador, v. 28, n. 55, p. 221-36, 2019.
KRASILCHIK, Myriam. Reformas e realidade: o caso do ensino de ciências no Brasil. São Paulo em perspectiva, 2000.
LOPES, Alice Casimiro. Teorias de Currículo. Rio de Janeiro: Cortez, 2011.
MOREIRA, Antônio. Flávio.; CANDAU, Vera. Indagações sobre currículo: currículo, conhecimento e cultura. Brasília, DF: MEC; Secretaria de Educação Básica, 2007.
OLIVEIRA, Luiz Fernandes; CANDAU, Vera Maria. Pedagogia decolonial e educação intercultural e antirracista no Brasil. Educação em Revista, v. 26, n. 1, p. 15-40, 2010.
PRAIA, João; GIL-PÉREZ, Daniel; VILCHES, Amparo. O papel da natureza da Ciência na educação para a cidadania. Ciência & Educação, Bauru, v. 13, n. 2, p. 141-56, 2007.
PRUDÊNCIO, Christiana Andrea Vianna; JESUS, Jeobergna de. As relações étnico-raciais e o ensino de Ciências: visão de professores de Itabuna-BA. Com a Palavra, O Professor, Vitória da Conquista, v. 4, n. 9, p. 186-209, maio/ago. 2019.
SACRISTÁN, José Gimeno. O currículo: uma reflexão sobre a prática. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Para uma sociologia das ausências e uma sociologia das emergências. Revista Critica de Ciências Sociais, Coimbra, n. 63, 2002. Disponível em: https://www.academia.edu/34598207. Acesso em: 7 jul. 2021.
SILVA, Petronília Beatriz. Gonçalves; MAIGA, Hassimi; KING, Joyce; WEDDERBURN, Carlos; SHUJAA, Mwalimu; BARBOSA, Lúcia Maria; OLIVEIRA, Rachel de. Ensinar e aprender, na perspectiva de raízes africanas, em contextos multiculturais. In: Congresso Brasileiro de Pesquisadores Negros, 4., 2006, Salvador. Anais [...]. Salvador: COPENE, 2006.
TORRES SANTOMÉ, Jurjo. Currículo Escolar e Justiça Social: o cavalo de Troia da educação. Porto Alegre: Penso, 2013.
VERRANGIA, Douglas. Criações docentes e o papel do ensino de Ciências no combate ao racismo e a discriminações. Educação em foco, Juiz de Fora, v. 21 n. 1, p. 79-103, mar./jun. 2016.
VERRANGIA, Douglas; SILVA, Petronilha Beatriz Gonçalves e. Cidadania, relações etnicoraciais e educação: desafios e potencialidades do ensino de Ciências. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 36, n. 3, p. 705-18, 2010.
WALSH, Catherine. Interculturalidade Crítica e Pedagogia Decolonial: in-surgir, re-existir e re-viver. In: CANDAU, Vera Maria (Org.). Educação Intercultural na América Latina: entre concepções, tensões e propostas. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2009.
WALSH, Catherine. Interculturalidad y colonialidad del poder: Um pensamiento y posicionamiento “outro” desde la diferencia colonial. In: CASTRO-GOMEZ, Santiago; GROSFOGUEL, Ramón (Org.). El giro decolonial: reflexiones para uma diversidad epistêmica más Allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del HombreIesco-Pensar, 2007.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 CATIANA NERY LEAL, Maria de Fátima de Andrade Ferreira, Rafael Casaes de Brito
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
A revista Série-Estudos permite a reprodução total em outro órgão de publicação mediante a autorização por escrito do editor, desde que seja feita citação da fonte (Série-Estudos) e remetido um exemplar da reprodução. A reprodução parcial, superior a 500 palavras, tabelas e figuras deverá ter permissão formal de seus autores.
Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.