A educação, o/a educador/a e a exclusão social
DOI:
https://doi.org/10.20435/serie-estudos.v0i20.436Abstract
O artigo é resultado das reflexões teóricas desenvolvidas na tese de doutorado em educação, “A reflexão dos professores e professoras da Educação de Jovens e Adultos sobre a exclusão social”, defendida em 2005, na UNISINOS. Tendo como referência a teoria crítica em educação, discute os efeitos da hegemonia neoliberal para a educação e os desafios suscitados para o/a educador/a. Sustenta que a hegemonia neoliberal procura transformar tudo em mercadoria, inclusive a educação passa de direito à mercadoria, aumentando os processos de exclusão. Os/as educadores/as são vistos como responsáveis pelos problemas educacionais, apontando como solução a competição e aplicação da lógica empresarial. Há ainda um processo ideológico de produção de sentido por meio do qual se enfatiza o “saber-fazer” em detrimento da reflexão teórica, sobretudo a crítica, vista como inútil e perda de tempo. O texto argumenta que para fazer frente à hegemonia neoliberal é necessário que o/a educador assuma seu compromisso político, seja um/ a educador/a crítico/a, capaz de compreender os contextos que o leva a pensar/agir de uma determinada forma para contribuir com a construção de uma sociedade radicalmente diferente, em que os processos de exclusão sejam superados.
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