A arte na cena da pandemia
DOI:
https://doi.org/10.20435/serie-estudos.v26i58.1597Palavras-chave:
arte, educação, redesResumo
Com as dificuldades advindas desses tempos de coronavírus em um país onde faltam políticas públicas engajadas na preservação da vida, seja humana, seja planetária, são muitos os desafios apresentados, desde a luta pela sobrevivência até a criação de novos modos de ser, fazer, comunicar e, também, novos modos de pesquisar. Especialmente quando se propõe a acompanhar os movimentos dos dentrofora das escolas, nas pesquisas nosdoscom os cotidianos, quando encontros, conversas, escutas e trocas com e entre os praticantespensantes se tornam os personagens conceituais de teses e dissertações. Pretende-se, neste dossiê, narrar algumas experiências tecidas com os fios das histórias e dos desejos das autoras sobre os desvios táticos necessários à manutenção da vida e do trabalho, no âmbito da educação e da cultura, como o desenvolvimento de políticas e projetos culturais, desde o desmonte da cultura, que fez parte do golpe contra o governo legitimamente eleito da presidenta Dilma Rousseff, até a experiência da pandemia advinda do coronavírus. Acontecimentos que atravessaram e modificaram significativamente a vida de todos, mais de um ano depois e talvez para sempre. Um devir que se anuncia na fragilidade da sobrevivência humana, na dificuldade da equidade e da justiça social e na constatação da importância das Ciências e das Artes, tecidas por políticas públicas democráticas, para a sobrevivência digna de todos. Foram experiências e continuam sendo vivências plenas de aprendizagens para educadores, trabalhadores do fazer artístico e para os diversos públicos que interagem por meio das telas. Ampliam-se e tecem-se novas redes educativas, estabelecendo relações e usos diversos na comunicação, na curadoria, na produção, na fruição artística, na crítica e no fortalecimento dos elos educativos e culturais que formamos e onde somos formados. São experiências que permeiam as práticas curriculares da escola e muitas redes que transbordam os cotidianos acadêmicos com outros usos, novas fruições e diversos modos de ensinaraprender.
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