Intelectuais paranaenses e a Escola Nova, durante a Era Vargas (1930-1945)
DOI:
https://doi.org/10.20435/serie-estudos.v24i50.1146Palabras clave:
História da educação, Era Vargas, Escola Nova, intelectuais paranaenses.Resumen
Os intelectuais, detentores de linguagem própria, fomentaram mudanças culturais, sociais e econômicas, articuladamente com políticas de governo, e no campo da educação, historicamente, vêm ocupando lugar de destaque. Das mudanças promovidas e disseminadas com o auxílio de intelectuais, destaca-se o projeto de renovação da educação brasileira, inspirado pela pedagogia da Escola Nova. Apesar dos ideais escolanovistas terem ganhado força desde as décadas finais do século XIX, no Brasil, a consolidação da pedagogia da Escola Nova ocorreu durante a década de 30 a meados da década de 40 do século XX, durante a chamada Era Vargas. Assim como no restante do país, o Paraná também teve seus intelectuais que atuaram na promoção dessa renovação. O artigo buscou identificar alguns estudos que voltaram seus olhares para intelectuais paranaenses que atuaram em prol da Escola Nova, no período da Era Vargas (1930-1945). Como objetivos específicos, procurou-se compreender alguns aspectos políticos, econômicos e sociais que ocorreram durante o período da Era Vargas (1930-1945), que se conectaram às mudanças ocorridas na educação, e identificar alguns estudos que pesquisaram intelectuais paranaenses que atuaram nesse contexto. A pesquisa possui caráter bibliográfico, fundamentada nos estudos de Miguel (1997); Gomes e Hansen (2016); e Cabral e Magalhães (2016). A metodologia, denominada estado do conhecimento, foi essencial para identificar estudos que se debruçaram acerca das trajetórias de intelectuais paranaenses. A sistematização do conhecimento produzido acerca das trajetórias dos intelectuais contribuiu para alicerçar novas pesquisas, bem como para identificar agentes que auxiliaram na promoção de mudanças no campo da educação.
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