Política de Cotas para Negros na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – um estudo sobre os fatores da permanência*
DOI:
https://doi.org/10.20435/serie-estudos.v0i24.248Resumo
Este artigo analisa a implantação da política de cotas na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. A pesquisa desenvolveu-se por meio de análise documental e entrevistas com alunos cotistas negros da UEMS. O principal objetivo consistiu em identificar os fatores que contribuem para a permanência desses alunos na educação superior. A UEMS implantou a reserva de 20% de vagas para negros por meio da Lei Estadual n. 2.605 de 2003, como resultante da pressão dos movimentos sociais. Apesar de encontrarem dificuldades econômicas para permanecerem em seus cursos de graduação, os entrevistados afirmaram que o sistema de cotas possibilitou o acesso e, principalmente, a reflexão sobre a identidade negra e a discriminação racial no ambiente acadêmico. Faz parte das funções da universidade atender a demanda por mais educação e o acesso de brancos, negros e índios constitui-se num anseio social e num direito constitucional.
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