Formação de professores de matemática: um estudo a partir da revista Nova Escola

Autores

  • Claudio José de Oliveira Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC).
  • Beatriz Terezinha Daudt Fischer Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).

Resumo

Examinar a revista Nova Escola entendendo-a como um dispositivo de formação de professores, eis o foco central deste estudo, situado no terreno das discussões que examinam relações de poder e a produção de significados para o exercício da docência em Matemática nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. A partir da análise das edições publicadas entre 1997 e 2005, a pesquisa busca também identificar possíveis marcas que permitiam situar o periódico como objeto cultural, instituidor de práticas e posturas político-pedagógicas entre o professorado brasileiro. Na perspectiva de Foucault, são utilizados os conceitos prática (incluindo os discursos) e relações de poder – os quais compõem as principais coordenadas teóricas da pesquisa.

Biografia do Autor

Claudio José de Oliveira, Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC).

Doutor em Educação. Professor pesquisador no Departamento
de Educação e no Programa de Pós-Graduação em
Educação da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC).

Beatriz Terezinha Daudt Fischer, Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).

Doutora em Educação. Professora pesquisadora no Programa
de Pós-Graduação em Educação da Universidade
do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS).

Referências

ALVES, Nilda. Cultura e cotidiano Nova Escolar. Revista Brasileira de Educação, São Paulo, n. 23, p. 62-74, mai./ago. 2003.

BONETI, Lindomar Wessler. A razão da Nova Escola, o espaço e a formação docente. In: FERREIRA, Naura Syria Carapeto. Formação continuada e gestão da educação. São Paulo: Cortez, 2003.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: 1a a 4a série - Matemática. Brasília: MEC/SEF, 1997. v. 3.

CORRAGIO, José Luís. Propostas do Banco Mundial para a educação: sentido oculto ou problemas de concepção? In: TOMMASI, L. de; WARDE, J. M.; HADDAD, S. (Orgs.). O Banco Mundial e as políticas educacionais. São Paulo: Cortez; Ação Educativa; PUC-SP, 1996. p. 75-124.

D’AMBROSIO, Ubiratan. Educação Matemática: uma visão do estado da arte. Proposições, São Paulo, v. 4, n. 1, 1993.

______. A interface entre História e Matemática: uma visão histórico-pedagógica. In: FOSSA, John A. (Org.). Facetas do diamante. Rio Claro: Sociedade Brasileira de História da Matemática, 2000.

FIORENTINI, Dario. Alguns modos de ver e conceber o ensino de matemática no Brasil. Zetetiké, São Paulo, ano 3, n. 4, 1995.

FISCHER, Beatriz T. Daudt. Professoras: histórias e discursos de um passado presente. Pelotas: Seiva, 2005.

FISCHER, Rosa Maria Bueno. A paixão de trabalhar com Foucault. In: COSTA, Marisa Vorraber (Org.). Caminhos investigativos: novos olhares na pesquisa em educação. 2. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

______. Adolescência em discurso: mídia e produção de subjetividade. 1995. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1995.

FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber. Tradução de Luiz Felipe Baeta Neves. 6. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2002.

HOUAISS, Antônio et al. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2003.

MARZOLA, Norma Regina. Os sentidos da alfabetização na Revista Nova Escola. In: COSTA, Marisa Vorraber. Estudos culturais em Educação. Porto Alegre: Editora da Universidade/UFRGS, 2000.

MONTEIRO, Alexandrina; POMPEU JUNIOR, Geraldo. A matemática e os temas transversais. São Paulo: Moderna, 2001.

RABAÇA, Carlos Alberto; BARBOSA, Gustavo Guimarães. Dicionário de comunicação. 2. ed. rev. e atualiz. Rio de Janeiro: Campus, 2001.

REVISTA NOVA ESCOLA. São Paulo, n. 110, 1998.

______. São Paulo, n. 113, 1998.

______. São Paulo, n. 127, 1999.

______. São Paulo, n. 141, 2001.

______. São Paulo, n. 148, 2001.

SHAPIRO, Svi. O fim da esperança radical. In: SILVA, T. T. (Org.). Teoria educacional crítica em tempos pós-modernos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.

SOUZA, A. C. C.; CABRAL, T. C. B.; BICUDO, I. et al. Diretrizes para a Licenciatura em Matemática. Bolema, São Paulo, ano 6, n. 7, 1991.

TORRES, Maria Rosa. Melhorar a qualidade da educação básica? As estratégias do Banco Mundial. In: TOMMASI, Livia de; WARDE, Mirian Jorge, HADDAD, Sérgio. O Banco Mundial e as políticas públicas educacionais. São Paulo: Cortez, 1996. p. 125-186.

Downloads

Publicado

2013-06-03

Como Citar

Oliveira, C. J. de, & Fischer, B. T. D. (2013). Formação de professores de matemática: um estudo a partir da revista Nova Escola. Série-Estudos - Periódico Do Programa De Pós-Graduação Em Educação Da UCDB, (34). Recuperado de https://serieucdb.emnuvens.com.br/serie-estudos/article/view/104

Edição

Seção

Artigos